terça-feira, 23 de agosto de 2011

Minicursos





O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DO CINEMA E DA LITERATURA NA PARAÍBA
Bruno Rafael de Albuquerque Gaudêncio
 (mestrando da Universidade Federal de campina Grande)

A proposta deste mini-curso é possibilitar aos alunos do curso de história um conjunto de informações e problematizações sobre a História do Cinema e da Literatura paraibana no século XX, tendo como objetivo a utilização destas obras para o ensino de história. José Américo de Almeida, José Lins do Rego, Leandro Gomes de Barros, Vírginius da Gama e Melo, Liduarte Noronha, Wladimir Carvalho, Machado Bittencourt, estes e outros escritores e cineastas serão expostos através de suas obras dentro de uma proposta metodológica que evidencia a produção cultural paraibana.

Ensino, pesquisa e aprendizagem de História a partir de Webquests.

Rosineide Alves de Farias (especialista/mestranda)
Welton Souto Fontes (especialista/mestrando)

Serão evidenciadas nesse mini-curso a potencialidade da Webquest enquanto metodologia de pesquisa orientada, onde se torna possível agregar através da prática da pesquisa e da aprendizagem a inserção dos educandos no mundo das Tecnologias da Informação e da Comunicação. A partir dessa ferramenta, a prática educativa se torna motivadora, eficiente e inclusiva, onde o educador selecionar as informações mais pertinentes e orienta os alunos na construção e desenvolvimento da aprendizagem para além dos conteúdos, potencializando a aquisição e o aperfeiçoamento de habilidades de comunicação e de produção sob diversas formas de linguagens, sejam escritas, áudio-visuais e hipertextuais tão presentes na atual e excludente Sociedade da Informação. Para tanto, serão evidenciados dois momentos: no primeiro faremos uma justificativa pautada na emergência do uso das tecnologias digitais na ação docente; no segundo, iremos expor as potencialidades dessa metodologia e a estrutura básica de uma Webquest, momento em que mostraremos também como se constrói uma Webquest os resultados práticos possíveis de serem desenvolvidos com essa abordagem na relação ensino, pesquisa e aprendizagem.



MÚSICA NA HISTÓRIA CULTURAL COMO INSTRUMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO NO ENSINO DE HISTÓRIA


Raphael Pericles Borges (Pós-graduado em história Cultural pela Universidade Estadual da Paraíba)
Conceitos elementares da teoria musical. Relação entre História e Música. Análise e interpretação da melodia. Discussão do texto musical (letra). Nossa proposta de mini-curso consistirá na análise da ação do professor na decodificação da música, pois essa prática permitirá aos alunos uma melhor absorção dos conteúdos problematizados pelos educadores na compreensão do fazer historiográfico. Abordaremos a música enquanto possibilidade de pensamento na história, que propõe apresentar conceitos na medida em que traça no fazer musical a produção de afecções e percepções através de elementos, os quais podem produzir novos sentidos para o espaço educacional. Nesse sentido, busca a reflexão e a abordagem da música na sala de aula como método de ensino e aprendizagem.
Palavras-chave: educação; fonogramas; música; social.

QUADRINHOS E CORDÉIS: FERRAMENTAS DE PESQUISA E EDUCAÇÃO PARA A HISTÓRIA
Cláudio da Costa Barroso Neto (mestrando em História pela UFCG e cursa a especialização em História e Cultura afro-brasileira pela UEPB)

Germana Guimarães Gomes (mestranda em História pela UFPB, especialista em Economia Política Regional pela UFCG, cursa a especialização em História e Cultura Afro-Brasileira pela UEPB. Integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas- NEAB-Í)

Mainara Duarte Eulálio  (graduada em História pela UFPB e cursa a especialização em História e Cultura afro-brasileira pela UEPB)

Este mini-curso tem como objetivo principal a discussão sobre quadrinhos e cordéis como ferramentas para a pesquisa e educação na História. Ao trazer essa discussão, buscaremos desenvolver um estudo sobre fonte histórica, uma vez que quadrinhos e cordéis podem contribuir para a historiografia paraibana. Como afirma Jose Carlos Reis, a fonte histórica é aquilo que coloca o historiador diretamente em contato com o seu problema. “Ela é precisamente o material através do qual o historiador examina ou analisa uma sociedade no tempo”. Ao analisar a utilização desses recursos no âmbito da pesquisa histórica, discutiremos também os principais desafios do trabalho dos pesquisadores na utilização desses recursos, e a possibilidade do uso dessa fonte no âmbito da sala de aula.


“Orientalismo às avessas”: leituras sobre o ensino de História a partir dos Animes e Mangás
Cezar José da Silva (UEPB/CNPQ)
Kaline Ferreira Costa (UEPB/CNPQ)
Andréia de Brito Leal (UEPB)
Caracterizando-se como autênticas manifestações culturais, os animes e mangás (desenhos e quadrinhos japoneses) correspondem a uma produção imagética repleta de aspectos sociais, históricos, culturais e ideológicos que permitem o esboço de singularidades excepcionais do universo oriental, já que produzido por ele, além de dá-nos a oportunidade de vislumbrar um ocidente através dos olhos nipônicos.
Enveredando por caminhos contraditórios, lendários, reais, surreais e, acima de tudo, intencionais, o presente mini-curso se propõe a debater acerca da utilização de animes e mangás em sala de aula, objetivando um melhor conhecimento do mundo oriental e as respectivas intencionalidades que envolvem tais produções, uma vez que possuem enorme influência não só no seu país de criação, mas também em todo o ocidente, além de apresentar uma visão diferente do orientalismo que conhecemos, ou seja, o produzido pelo ocidente, daí estarmos tratando de um “orientalismo ás avessas”.
Diante de um processo de absorção dos chamados animes (produções japonesas) pela nossa sociedade nas décadas de 1990 e 2000, podemos afirmar que o mesmo faz parte de nossa cultura e está intrinsecamente ligado aos hábitos de leitura de muitos, pois quase todos nós tivemos contatos com este seguimento de entretenimento infanto-juvenil, e até mesmo adulto, já que os hentais contemplam animações destinadas à este público. Dentre os novos paradigmas educacionais podemos ter os animes como fonte de ensino em sala de aula. Onde poderemos analisar vários aspectos das sociedades orientais através dele, e também sua visão sobre nossa sociedade. Dentre esses aspectos que podemos analisar, está à família, a amizade, a religião, as tradições propriamente ditas, dentre outras características, ou seja, é um tema muito rico que precisa ser explorado, passando por análises críticas para assim poder adentrar o ambiente da sala de aula, e assim contribuir para estudos diversificados por meio das mesmas metodologias, quais sejam os animes e mangás.
Palavras-chave: Orientalismo, História, animes e mangás.

Um discurso Homossexual: as marcas de suas representações nas ideologias ocidentais. Um debate sobre os aparelhos construtores dos conceitos de gênero numa perspectiva histórica.

Williams Lima Cabral (PIBIC/PROPESQ/NEAB-Í/UEPB)
 Romulo Gouveia Bonfim (graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba)
Os fenômenos sociais que se configuram diretamente com as inter relações entre indivíduos, ganham ou perdem relevâncias conforme o fluxo das práticas e costumes de determinadas sociedades. Este mini curso procura trazer a tona questões ligadas a um fenômeno social que historicamente se ressignifica conforme as novas contingências que ora emergem no âmbito político, social e cultural e que ganham sentidos nas subjetividades: a questão homossexual e suas implicações no meio sócio educacional.

Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Indígena
Paulo Hipólito (Graduado em Historia pela Universidade Estadual da Paraíba)
 Adrianne Monique Silva Firmino
 Simone Pereira da Silva
O nosso país é diversamente cultural, mas as escolas muitas vezes não abrangem essa nossa diversidade, o que significa que muitos sujeitos ficam excluídos do processo educacional, uma vez que suas culturas não são mencionadas. Muitas instituições de ensino ainda trabalham norteadas por uma cultura padrão – de católicos, brancos e heterossexuais –, caminhando na contramão da proposta de se fazer uma escola mais democrática e inclusiva.
Desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 1996, foi estabelecido a necessidade em se trabalhar as diversidades culturais em sala de aula. Em 9 de janeiro de 2003 é promulgada a Lei 10.639, alterando a Lei 9.394, para determinar a obrigatoriedade do ensino de História e Culturas Afrobrasileiras e Africanas nos currículos escolares da educação básica. Em 10 de março de 2008, esta Lei é novamente alterada para incluir o ensino da História e Cultura Indígena. Diante deste exposto, o que percebemos é que, desde 1996, o ensino destes conteúdos pouco veio sendo aplicado na sala de aula, sob alegação de diversos problemas, que vão desde a falta de formação adequada dos(as) docentes à falta de material didático que versem essas temáticas. Daí decorre a importância de se abrir um espaço de discussão para ser pensado meios, mecanismos e práticas que garantam o ensino de história e cultura afrobrasileira e indígena na escola; e para ser refletido sobre o dever do(a) professor(a) de história em contemplar, em sua prática pedagógica, as diversas expressões culturais.

TRABALHANDO A LEI Nº 10.639/03 NO ENSINO FUNDAMENTAL ATRAVÉS DE CONTOS AFRICANOS
Maria Adriana Chaves do Nascimento Rodrigues (UEPB/CH/NEABÍ)
Elinalva Roseno dos Santos Silva de Abreu(UEPB)


O século XVI foi o momento em que as populações negras chegaram ao Brasil, em grandes quantidades, contra sua vontade, indo principalmente para zona litorânea, com grande concentração nas regiões Nordeste e Sudeste, isso em decorrência do detrimento ao desenvolvimento econômico dessas regiões.  Para Cavalleiro (2006), mesmo vivendo numa realidade brutal, o povo negro ainda tinha que criar estratégias para proteger suas culturas, seus valores, suas histórias e reverenciar os seus ancestrais, reconstruindo na diversidade, com muita resistência, a sua integridade como ser humano. Ou seja, mesmo sendo proibidos de manifestarem e/ou cultuarem seus valores, sua cultura, os negros tentaram e, podemos afirmar que, conseguiram preservá-los. Algo muito evidente retratado em vários mitos e/ou contos africanos. Desta forma, acreditamos que a história e a memória de vários povos africanos adentram e permanecem como parte de nossa cultura. Cultura essa materializada na literatura oral expressa pelos mitos, lendas, provérbios, contos, dentre outros.     
 

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